Casa e Quinta de Minotes

Imóvel de linguagem renascentista, e inicialmente de características rurais, algumas das quais ainda bem patentes na sua organização espacial, nomeadamente na relação que os vários espaços interiores estabelecem com os pátios e eira existentes, a Casa de Minotes, Propriedade dos “Martins de Minotes” - uma das famílias rurais mais abastadas do concelho -, tal como hoje a conhecemos, resulta da intervenção profunda operada durante o séc. XVIII . O primeiro emprazamento conhecido do Casal de Minotes data do despontar do séc. XVI , quando ainda eram terras foreiras ao Mosteiro de S. Domingos. Foi durante o séc. XVIII , altura em que os negócios da família no Brasil mais floresceram, que a Casa de Minotes conheceu o seu apogeu.
Com fortes laços familiares às Casas de Margaride e Aldão, dos Martins de Minotes destaca-se a figura de José Martins de Queirós Montenegro, mais conhecido por José Minotes. Fidalgo da Casa Real e Senhor da Casa de Minotes, foi uma das figuras mais notáveis de Guimarães: exerceu diversos cargos políticos, entre os quais o de Procurador à Junta Geral do Distrito de Braga (parte preponderante do conflito brácaro-vimaranense) e foi fundador e primeiro comandante da Associação dos Bombeiros
Voluntários de Guimarães (1877-1886).
Mantendo-se na família até aos dias de hoje, os seus proprietários têm prestado a este conjunto edificado uma cuidadosa manutenção e salvaguarda das suas características mais singulares.