Casa de Margaride

Datam do tempo de Mumadona as primeiras referências à “VillaMargariti”, que foi prazo foreiro da Colegiada de Guimarães. Doada em 1421 por D. Afonso V, a João Estevão da Ponte, senhor do Morgado da Honra de Gominhães (por casamento), a Quinta de Margaride estendia-se até à cerca do Mosteiro de Santa Marinha da Costa. Referenciada, por volta de 1500, como sendo “uma casa torre, telhada, com três portas de arco”, foi sofrendo alterações sucessivas, até ser alvo de profundas reformas. Henrique Cardoso de Macedo Martins de Menezes (2º Conde de Margaride) escolhe-a para sua residência e procede à demolição da torre.
Inserida hoje numa envolvente totalmente edificada, mantendo as diversas construções de apoio (sequeiro, eira, lagares, etc), a casa desenvolve-se numa construção em U, com uma volumetria de dois e três pisos que abraçam um amplo terreiro. Ao corpo principal, dotado de três pisos, acede-se através de uma escadaria em pedra em forma de leque que conduz à porta principal, implantada ao nível do segundo piso, e sobre a qual se encontra a pedra de armas dos Macedo e Cardozo. Possui ainda
um jardim de buxo, de desenho completamente geometrizado, em torno de um chafariz. O acesso ao conjunto aqui descrito processa-se através de uma alameda ladeada por sebes de buxo.