Casa de Sezim ou Paço de Sezim

Solar de características palacianas, testemunho incontestável do barroco e do neoclássico, dotado de uma planta em U, integra uma capela na estrema de uma das suas alas. Sobre o portão de entrada, as armas dos Freitas do Amaral. A entrada principal faz-se lateralmente nos torreões precedidos por escadaria de dois lanços iguais. Na fachada posterior, merece especial referência a grande varanda de influência colonial, que percorre o segundo piso em todo o seu comprimento e cuja cobertura assenta em colunas e grade de ferro. Do seu interior, merecem destaque os papéis de parede franceses e es- panhóis, que adornam as paredes das sucessivas salas do imóvel, alguns dos quais representando a “Batalha de Austerlitz” e “Dom Quixote”. Dotada de coro-alto com ligação ao pátio interior, a capela de nave única, capela-mor e sacristia, possui igualmente um interior profusamente decorado de marmoreados e talha policromada.
Pensa-se que o seu nome terá origens medievas, mais propriamente na então proprietária Maria Mendes Serrazinha, ou Serrazim. Está na posse da família dos atuais proprietários desde 1376, por doação desta senhora a Afonso Martins, filho de D. João de Freitas, vassalo do rei D. Afonso Henriques. O atual senhor de Sezim, depois de abandonar a carreira diplomática, abriu a propriedade à exploração agrícola e ao turismo de habitação.