Santuário de Santa Maria Madalena da Falperra

Atravessada pela linha que separa administrativamente os territórios de Braga e Guimarães, a Capela de Santa Maria Madalena da Falperra é um dos monumentos barrocos mais relevantes da região.
Com génese numa pequena ermida dedicada a Santa Maria Madalena, e já referenciada em documentos datados do séc. XVI , terá sofrido a sua primeira intervenção significativa no tempo do Arcebispo D. Diogo de Sousa. Será, contudo, durante o séc. XVIII - sob o traço de André Soares e o patrocínio de D. Rodrigo de Moura Teles, à data arcebispo primaz de Braga - que o templo adquire a imagem que hoje se lhe conhece. Refira-se, porém, que a construção do corpo da sacristia data já de meados
do séc. XIX.
Profusamente decorada, o gosto rococó encontra grande expressividade no seu interior, nomeadamente através de três retábulos cuja autoria se atribui a André Soares. Exteriormente, é criado pelo arquiteto todo um espaço cénico, bem ao gosto da época. À igreja, acede-se através de uma belíssima escadaria em granito, que tem como figura central a estátua de Santa Maria Madalena, e na qual existem ainda duas pequenas fontes gémeas de pia em forma de concha, também estas de cariz marcadamente rococó.