Feira Afonsina 2025

Contextualização Histórica

Após a morte do Conde D. Henrique, em maio de 1112, o governo do Condado Portucalense foi assumido por sua esposa, a Condessa Dona Teresa, uma vez que o herdeiro, o Infante Afonso Henriques contava apenas três anos de idade, sendo demasiado jovem para governar.

A partir de 1121, Dona Teresa começa a utilizar o título de "Rainha". No entanto, a sua proximidade com o Conde Fernão Peres de Trava, nobre galego e seu amante, a quem confiou o governo de importantes territórios como Coimbra, Porto e vários castelos, gerou um descontentamento crescente entre a nobreza local e o próprio Afonso Henriques, todos afastados dos assuntos de Estado.

Insatisfeitos, os grandes senhores de Entre-Douro-e-Minho, que aspiravam à independência do Condado, decidiram apoiar o jovem Afonso Henriques. Assim, no Pentecostes de 1125, em Zamora, realizaram a sua investidura. Num rito característico da sociedade feudal, Afonso armou-se cavaleiro a si próprio; prática reservada aos reis, assumindo-se assim como guerreiro autónomo. Ao tomar as armas do altar de São Salvador, vesti-las e cingi-las segundo o costume dos reis, Afonso Henriques proclamava simbolicamente a sua vontade de, um dia, tornar-se soberano de um reino independente.

900 anos depois, assinalamos este momento marcante da nossa história, fundamental para aquele que viria ser o dia 1 de Portugal em 1128.