Posses e Magusto
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Posses e Magusto
Festas Nicolinas
21:00
As Posses são pois, bandos de estudantes que, com a tocata acompanhando a esturdia ao som do hino Escholástico, vão a cada casa ou estabelecimento combinado, buscar ou aguardar a posse quase sempre bem “gritada”. Dádiva generosa para o magusto daquela noite de convivialidade.
Aí pelas nove da noite já a Jovem Academia se fez à Cruz de Pedra a buscar uma simbólica posse de mato e lenha que outrora os oleiros ofereciam para o Magusto que mais uma vez reunia junto à fogueira, que se levantava próximo do Pinheiro, a Academia e o Povo. Depois por ai vem, cidade dentro, rua a rua, até às casas certas que "dão posse", assim uma espécie de oferta habitual que, no uso continuado, se torna para os estudantes quase um direito e para os donatários uma quase obrigação. Dantes eram as "casas nobres", em tempos mais recentes as "casas ricas" e na actualidade algumas casas comerciais e associações a chamar a si este exercício tradicional que se resume a dar e a receber com alegria: mais uma vez a Cidade a estimar a sua Academia, os velhos a dizerem aos novos que os querem felizes. A recolha das posses faz-se de casa em casa ao som do Hino Nicolino, nos anos 50 ainda executado pela famosa Banda dos Guises, nos nossos dias por modesta charanga, sempre porém em fraternal alegria. E parados na frente das varandas para o efeito iluminadas, os jovens gritam repetidamente, enquanto dançam de braços abertos, ombro a ombro ao som do seu hino:
- Venha a posse! Venha a posse!
Também esta vivência das Posses é aproveitada por muitos Velhos Nicolinos para matar saudades no pretexto de mais uma Ceia e são muitas as tertúlias que não deixam escapar a oportunidade. Deixemos como exemplo a tertúlia Quatro de Dezembro que, há mais de 60 anos reúne, primeiro na extinta tasca da Joaninha, à Feira do Pão, e depois na Tasca do Quim Conas, ali para Santa Luzia: esta tertúlia concorre sempre, para a alegria dos académicos, numa Posse em moeda que eles recebem na forma costumada.
Outras posses se vão mantendo ao longo dos anos: a da Rua Nova, a da Clarinha, a da ACFN, etc. Por tradição a última posse, antes de rumarem ao Largo da Oliveira, é sempre, por vezes já quase no dia seguinte, a da Torre dos Almadas sede dos Velhos Nicolinos.
Fonte: AAELG

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