Orquestra de Guimarães
- Concertos
Orquestra de Guimarães
O Amanhecer do Romantismo
21:30

Terceiras Sinfonias - Schubert e Mendelssohn
"O amanhecer do romantismo"
Nesta derradeira residência artística do ano de 2023 a Orquestra de Guimarães propõe, sob a batuta do seu maestro titular: Vítor Matos, uma viagem até à primeira metade do século XIV, aos primórdios do período romântico, através de duas obras da juventude de Franz Schubert e Felix Mendelssohn. As Terceiras Sinfonias destes compositores, apesar de escritas ainda com influências formais do modelo do clássico, apresentam ambas características românticas subliminares.
A sinfonia nº 3 em Ré maior D.200 de Franz Schubert, escrita entre a Primavera e o Verão de 1805, abre este concerto de forma alegremente vigorosa apresentando um certo tom “buffo”, quase rossiniano, sendo o final talvez o mais brilhante e impactante de todas as suas sinfonias.
Na segunda parte ouviremos a Sinfonia nº3 em Lá menor op.56 "Escocesa" de Felix Mendelssohn , composta entre 1829 e 1842, obra que acompanha a transição do compositor da juventude para a idade adulta, retratando uma visita à Escócia ocorrida em 1829. O compositor refere que as cores e os humores da sinfonia descrevem as impressões que nele causaram as paisagens escocesas. A sinfonia apresenta quatro andamentos que são escritos sem pausa entre eles, desviando-se assim do cânone clássico tradicional, partindo da melancolia inicial para um final optimista. O Adagio, com seu célebre tema interpretado pelos violoncelos na recapitulação, é um dos mais belos exemplos melódicos do período romântico.
PROGRAMA
I PARTE
Sinfonia nº 3 em Ré maior, D. 200 - Franz SCHUBERT
1.Adagio maestoso – Allegro con brio
2.Allegretto
3.Minuetto – Trio vivace
4.Presto vivace
[intervalo: 10 minutos]
II PARTE
Sinfonia nº 3 em Lá menor, op.56 "Escocesa" - Felix MENDELSSOHN
1. Introdução – Allegro agitato
2. Scherzo assai vivace
3. Adagio cantabile
4. Allegro guerriero – Finale maestoso
ORQUESTRA DE GUIMARÃES
A Orquestra de Guimarães é um singular projeto cultural criado pela Município de Guimarães, com génese no ano de 2014, cujos principais objetivos assentam na integração e potencialização do talento de artistas da região, proporcionando-lhes o contato com a prática musical orquestral sinfónica. Apesar da sua recente formação conta já com mais de uma centena de concertos realizados, assumindo-se paulatinamente pela qualidade das suas apresentações, as quais tem granjeado do diverso público os mais rasgados elogios.
Funcionando numa dinâmica de residências artísticas a Orquestra de Guimarães tem-se diferenciado pelo arrojo e excelência da sua programação, permitindo dotar Guimarães, num formato de sustentabilidade, de uma formação profissional residente com uma programação regular de música erudita de alto nível artístico. Dos inúmeros concertos realizados destacam-se o acompanhamento de solistas com reconhecidas carreiras internacionais como Pavel Gomziakov, Elisabete Matos, Alessandro Carbonare, Maté Sucz, entre outros, bem como a versatilidade demonstrada nas surpreendentes colaborações com Teresa Salgueiro, António Zambujo ou Miguel Araújo, passando pelas multifacetadas apresentações no âmbito do "Guimarães Jazz". No domínio da criação artística destaque para as surpreendentes versões encenadas do "Messias" de Händel ou da "Paixão Segundo S. João" de Bach, bem como as várias interações com o tecido associativo vimaranense.
Com direção artística do Maestro Vítor Matos, e tendo como programador Domingos Castro, a Orquestra de Guimarães é responsável pela programação anual do Festival "Guimarães Allegro", evento no qual se apresenta sob direção de conceituados maestros internacionais como: Daniel Stabrawa, Christoph Koncz, Cristóbal Soler entre outros, assumindo-se igualmente como um espaço de entrada de jovens instrumentistas no universo profissional, estabelecendo neste campo importantes sinergias com o Conservatório de Guimarães e a Universidade do Minho.
A Orquestra de Guimarães é por isso um eixo fundamental da política cultural do Município de Guimarães, desempenhando um papel preponderante no domínio da música erudita, afirmando-se como uma importante bandeira de um território e de uma sociedade capaz de gerar e fomentar cultura, a máxima expressão de "Guimarães Cidade de Cultura".
VITOR MATOS
Vitor Hugo Ferreira de Matos (nascido em 1977), estudou nos Conservatórios de Música de Braga e do Porto, nas classes dos professores José Matos e Moreira Jorge, com quem concluiu o curso de clarinete. Em 2001 obteve o diploma de Licenciatura na ESMAE. De 2001 a 2007, estudou com o clarinetista Alessandro Carbonare.Tem realizado diversos recitais em Roma, a convite do Instituto Santo António dos Portugueses, interpretando várias obras em primeira audição, destacando-se o Concerto para Clarinete e Orquestra que o compositor Joaquim dos Santos lhe dedicou. Como instrumentista colaborou com a Orquestra do Norte, Sinfonieta do Porto, Orquestra de Câmara Musicare, Filarmonia das Beiras e Gulbenkian. Apresentou-se a solo e em música de Câmara nos seguintes festivais internacionais de música: Encontros de Primavera-Guimarães, Póvoa de Varzim, Gaia, Cascais, Mateus, Toulouse e Música Viva. Estudou direção de orquestra com o Maestro Cesário Costa. No campo da direção de orquestra tem dirigido diversas orquestras entre as quais Orquestra do Norte, Orquestra Estúdio, Orquestra de Câmara do Minho, Orquestra Académica da Universidade do Minho, Orquestra do Conservatório e Teatro de Kaiserslautern e da Rádio Sul da Alemanha, Orquestras dos Conservatórios Superiores de Vigo e Katarina Gurska-Madrid, interpretando obras do período barroco ao contemporâneo.
No campo da Opera, dirigiu o “O Pequeno Limpa Chaminés”, “Arca de Noé” de B. Britten e a “Carmen” de Bizet, todas elas produções nacionais. No campo operático, no âmbito da Guimarães Capital Europeia da Cultura, dirigiu a ópera de Maurice Ravel, Les Enfants et Sortilege.
Teve o privilégio de dirigir solistas de prestígio tais como Patrizia Porgio, Peter Arnold, Ilya Grubert, Elisabete Matos, Dora Rodrigues, Luís Pipa, Pavel Gomziakov, Samuel Bastos, entre outros. Foi galardoado no âmbito de direcção de orquestra, por diversas vezes, destacando-se os prémios obtidos em Barcelona e em Roma (Prémios “Bachetta d’oro” para melhor maestro, “Bachetta de argento” como melhor interpretação). Em 2007, dirigiu a Orquestra da Escola Sinfónica de Madrid no âmbito dos Cursos de Especialização em Música Contemporânea e Direcção de Orquestra, na Universidade de Alcala de Henares (Madrid) com os maestros Arturo Tamayo e Jesus Lopez Coboz.
A experiência de ensino, inclui master classes em Guimarães (Cursos Internacionais), Escolas Profissionais de Música de Viana do Castelo e JOBRA, Madeira, Horschule de Kaisrslautern, Conservatórios Superiores de Vigo e Madrid. Destacam-se na sua classe vários alunos premiados em Concursos Nacionais e Internacionais
Atualmente Vítor Matos é Presidente da Sociedade Musical de Guimarães, Professor Auxiliar do Departamento de Música da Escola de Artes e Humanidades da Universidade do Minho. É maestro titular da Orquestra de Guimarães.
É Doutorado pela Universidade de Évora em Música Musicologia- Interpretação, possuindo um Master em Direção de Orquestra pela Escola Superior de Música Katarina Gurska- Madrid.
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- Organização
Município de Guimarães -
Apoio
A Oficina
Sociedade Musical de Guimarães
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- Ficha Técnica
Direção | Vítor Matos
Classificação etária | > 6
Bilheteira | € 7, 50 / 5, 00 com desconto
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Duração | 70 min
- Direitos reservados
- Texto e Imagem
- Ficha Técnica
Avenida D. Afonso Henriques,
4800 Guimarães