Záve - ZêzereArts Vocal Ensemble

Programa
TENEBRAE

A extraordinária beleza e expressividade dos responsórios Tenebrae do compositor espanhol Tomás Luis de Victoria constituem os pilares de sustentação deste programa, sendo intercalados com obras de compositores portugueses seus contemporâneos: Manuel Cardoso, Duarte Lobo, D. João IV de Portugal, Filipe de Magalhães e Estevão Lopes Morago.

Tomás Luis de Victoria (1548 Ávila - 1611 Madrid)
Amicus meus osculi
Manuel Cardoso (1566 Fronteira - 1650 Lisboa)
Lamentatio II
Tomás Luis de Victoria (1548 Ávila - 1611 Madrid)
Una hora non potuistis
Manuel Cardoso (1566 Fronteira - 1650 Lisboa)
Domine tu mihi lavas pedes
Tomás Luis de Victoria (1548 Ávila - 1611 Madrid)
Tenebrae factae sunt
Filipe de Magalhães (1571 Azeitão - 1652 Lisboa)
Commissa mea pavesco
Tomás Luis de Victoria (1548 Ávila - 1611 Madrid)
Caligaverunt oculi mei
Estêvão Lopes Morago (1575 Vallecas - 1630 Viseu)
De profundi clamávi
Duarte Lobo (1565 Alcaçovas - 1646 Portugal)
Audivi vocem de coelo
Tomás Luis de Victoria (1548 Ávila - 1611 Madrid)
Ecce quomodo moritur justus
Tomás Luis de Victoria (1548 Ávila - 1611 Madrid)
Sepulto Domino
D. João IV de Portugal (1604 Vila Viçosa - 1656 Lisboa)
Crux Fidelis

Ficha Artística
ZÁVE - ZêzereArts Vocal Ensemble

Alice Vieira
Aoife Hiney
Daniela Matos
Fernando Guimarães
Laura Martins
Luís António Freitas
Luísa Matos
Nélia Gonçalves
Paolo Davolio
Ricardo Torre
Sérgio Rocha
Brian Mackay - Direção

Sinopse
“O período áureo da música portuguesa e ibérica são os séculos XVI e XVII, entre o final do Renascimento e o início da época barroca. Os compositores de música polifónica das escolas de Madrid, Sevilla, Évora, Coimbra e outras cidades ibéricas criaram um estilo com características muito próprias, que emanou sobretudo da tradição franco-flamenca, que apresenta muitos aspetos comuns com as obras dos grandes mestres romanos. Um programa pascal de intensa espiritualidade, que corresponde na perfeição ao ambiente de recolhimento e meditação que buscamos na Sexta-Feira Santa.”
César Viana

ZAVE – ZêzereArts Vocal Ensemble

Fundado em 2018 e sob a direção de Brian MacKay, ZAVE é um coro de câmara profissional e o coro em residência no Festival ZêzereArts. Os membros de ZAVE partilham uma paixão pela música, tanto pela música contemporânea como pelas obras clássicas do canon da música erudita ocidental.

Entre várias performances, destacam-se a estreia absoluta da obra Poemas de Neblina e de Amor de Fernando Lapa (Lisboa, 2018) e a Missa in Angustiis de Haydn com a Orquestra Clássica da Madeira (Funchal, 2021), concertos com o ensemble barroco francês Pulcinella e com a violoncelista Ophélie Galliard, inseridos no programa Saison França-Portugal 2022, e a estreia absoluta da obra Sol-Oeil de Cândido Lima (Tomar, 2023). Em 2024 o coro feminino foi destacado na ópera, “O Último Canto – Camões e o Destino” de César Viana, auditório Olga Cadaval, Sintra, Festival Ópera Óbidos, Festival KlexosLab, Plasencia, Espanha. No projeto “A Voz de Joly Braga Santos” o grupo está a fazer uma série de concertos das obras corais de Joly Braga Santos que irão culminar numa gravação comercial em 2025. O projeto inclui uma obra nova do compositor Alexandre Delgado, aluno de Joly Braga Santos.

O ZêzereArts Ensemble Vocal participa regularmente no ciclo de concertos ‘Templo da Música’ em Tomar e “Música na Cidade” em Lisboa e tem recebido vários convites durante 2025 incluindo o Festival Cistermúsica e uma digressão internacional à Sérvia e Hungria.

Brian MacKay

Maestro irlandês, Brian MacKay, tem 40 anos de experiência como diretor de ópera, coro e orquestra, pianista, cravista e organista, repetiteur e ensaiador vocal, oboísta, músico de câmara e pedagogo. Atuou na Radio BBC pela primeira vez aos 16 anos e com 17 anos foi nomeado para o seu primeiro posto como organista e maestro de coro. Formado no Royal College of Music em Londres e no Kodály Institute na Hungria, estudou com Lawrence Leonard, Yonti Solomon, János Furst, Katalin Kiss e Peter Erdei.

Antes de deixar a Irlanda, em 2009, para radicar-se em Portugal, foi maestro principal, por muitos anos, na Castleward Opera e maestro titular do Chamber Choir Ireland. Dirigiu a Orquestra Sinfónica Nacional da Irlanda, a Orquestra de Câmara da Irlanda, o Chamber Choir Ireland, a Opera Theatre Company, os Czech Virtuosi, a Orchestra of St. Cecilia, as Fishamble Voices, a Wexford Sinfonia e a Orquestra de Nairobi. Teve a honra de ser convidado para dirigir a ópera “A Raposinha Matreira”, de Janacek, no festival ‘Janacek’s Brno’, na República Checa, em 2004. Dirigiu mais de 20 produções operáticas e inúmeros concertos corais e orquestrais.

Brian tocou cravo, piano e órgão em muitos grupos de câmara, mais notoriamente, o Irish Chamber Orchestra e em recitais com cantores e instrumentistas, em salas como o National Concert Hall, em Dublin, o Purcell Room, em Londres, a Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa e a Liszt Academy, em Budapest. Como ensaiador vocal e repetiteur trabalhou durante muitos anos para a Opera Theatre Company e a Wexford Festival Opera. Participou como vocal coach convidado no Royal Conservatoire of Scotland e na Liszt Academy em Budapeste. Como professor, leccionou no Royal College of Music, em Londres, no Saint Patricks College, em Dublin, na Dublin City University e em várias masterclasses e cursos de verão. Brian tem sidoconstantemente requisitado para workshops criativos e palestras ilustrativas sobre música.

Brian MacKay passou os dois últimos anos na Irlanda como maestro titular do Chamber Choir Ireland. Atualmente vive em Portugal, é fundador e diretor artístico do Festival ZêzereArts e prossegue a sua carreira como maestro e instrumentista. Faz parte da Direção de Musicamera Produções, sediada em Lisboa.